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quarta-feira, 15 de abril de 2015

Desempregado, pai de quíntuplos ainda não sabe como vai fazer para sustentar os filhos


Em uma estimativa rápida, é possível dizer que um bebê recém-nascido gaste, em seu primeiro mês de vida, algo em torno de 10 fraldas por dia. Por ano, seriam 3.600 unidades. Se já parece assustador e caro, imagina se multiplicarmos este total por cinco — é esta a conta que o paulista João Biagi Junior, 36 anos, vem fazendo desde segunda-feira (13), quando sua mulher deu à luz quíntuplos, em um hospital em São Paulo. Fonte: R7
Os cinco bebês, quatro meninas e um menino, passam bem, mas devem permanecer na UTI neonatal por um prazo de dois a três meses, já que nasceram aos sete meses de gestação, e, em sua grande maioria, com pesos abaixo do esperado. A mãe das crianças, Karina Barbara Barreira, de 35 anos, tem previsão de voltar para o quarto já nesta terça (14).

Os gêmeos são os primeiros filhos do casal, que mora em Santos, no litoral de São Paulo. Karina, que trabalha como líder de vendas em uma empresa de cosméticos, está desfrutando da licença-maternidade. Junior está desempregado e em busca de uma colocação no mercado de trabalho.

— Não tenho formação, mas topo trabalhar no que for. Já fui estoquista, promotor de vendas, já trabalhei na zona portuária.

A urgência por um emprego é a maior preocupação do pai, que, além de planejar o futuro da família, também precisa tomar decisões a curto prazo, como, por exemplo, a respeito do plano de saúde das crianças, que só terão cobertura pelo convênio da mãe até o próximo dia 13 de maio.

— Já fiz um orçamento e cada um vai custar R$ 150 como dependente do plano dela.

Junior explica que, até o momento, a família, que mora em um apartamento de dois quartos no bairro santista de Aparecida, optou por não pedir ajuda nem contribuições a ninguém.

No entanto, tomaram a iniciativa de abrir uma fanpage no Facebook chamada Vem Quíntuplos por Aí, onde, desde janeiro, postam notícias da gestação e links para reportagens de que participam.   

Por lá, já conseguiram ofertas de empresas que doaram suprimentos como mamadeiras, chupetas, e até mesmo cinco enxovais completos e cinco berços.

— Não acho uma coisa bonita de se ficar fazendo, sabe, pedir as coisas. Não quero mendigar. Fora isso, vejo famosos que tiveram trigêmeos recebendo colaborações, então eu, que sou um pé rapado com cinco filhos, com certeza vou conseguir que prestem atenção em mim também. A ajuda aparece naturalmente.

Os cinco bebês nasceram de cesárea na última segunda-feira (13), no hospital Sepaco, na Vila Mariana, em São Paulo. A gestação múltipla veio após meses de tratamento com hormônios, para aumentar a espessura do útero de Karina, e com indutores de ovulação.

Embora ainda não estejam registrados, o menino já tem nome, Arthur. Três das quatro meninas também, mas, como ainda falta escolher o da última, Junior e Karina preferem não divulgá-los. O pai, no entanto, já dá algumas pistas.

— Não vou fazer dupla sertaneja nem banda, ninguém vai começar com a mesma letra, nem ter nome parecido. Também não daremos nenhum nome composto, porque aí precisaríamos escolher dez nomes no total, e isso dá trabalho.

Em dois ou três meses, quando todos deixarem o hospital, os dois esperam poder contar com a colaboração dos familiares, que, segundo conta Junior, prometeram participar do dia-a-dia das crianças na volta para casa.

Até lá, o pai ainda precisa decidir como será a rotina de visitas aos bebês na UTI, já que não tem local para se hospedar em São Paulo durante o período de internação dos filhos.

— Estou sentindo um pouco de tudo, no momento. Mas posso dizer que, mais que tudo, estou feliz e pensando positivo. Já passamos por coisas bem difíceis juntos, então agora acredito que, com positividade, conseguiremos o que precisamos. 
Foto: Reprodução/Facebook **
Fonte: R7

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