A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta sexta-feira (10) para o número excessivo de mulheres -- em especial em países de renda alta ou média -- que recorrem sem necessidade à cesariana para dar à luz seus filhos.
"Não existem evidências de que fazer cesáreas em mulheres ou bebês que não necessitem dessa cirurgia traga benefícios. Assim como qualquer cirurgia, uma cesárea acarreta
riscos imediatos e a longo prazo. Esses riscos podem se estender muitos anos depois de o parto ter ocorrido e afetar a saúde da mulher e do seu filho, podendo também comprometer futuras gestações", disse a OMS.
Enquanto isso, outras grávidas com reais necessidades médicas de fazer este procedimento simplesmente não têm acesso à cirurgia, especialmente em nações pobres. Um comunicado da organização pede que as necessidades de cada paciente sejam levadas em conta individualmente, em vez de se tentar atingir metas gerais de índices de cesáreas.
Desde meados dos anos 1980, os médicos concluíram que a taxa ideal de cesarianas deveria variar entre 10% a 15% dos nascimentos, mas a comunidade de saúde trabalha para estabelecer uma nova recomendação. "Se um país tem uma taxa abaixo de 10%, você vai ver que há mais mães e bebês morrendo por (falta de) acesso", disse Marleen Temmerman, diretora do departamento de saúde reprodutiva da OMS. LEIA MAIS »
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