As ações da Petrobras abriram o pregão desta quinta-feira (23) com queda forte, após a divulgação do balanço financeiro do ano passado na noite desta quarta-feira (22).
Os papéis ordinários (com voto nas assembleias da empresa) caíam 4,58% por volta das 10h30, com valor de R$ 12,70. Chegaram a oscilar em -5,33%, mas se recuperaram e, às 11h, ficaram positivas em 0,30%.
Já as preferenciais (sem voto) oscilavam em -6,55%, valendo R$ 12,26 às 10h30. Registraram queda de até 8,38%, mas, às 11h, tinham queda menor (-4,04%).
E o índice da Bovespa, que caía 0,13% por volta das 10h30, virou e passou a subir 0,29% por volta das 10h55.
Os resultados financeiros auditados divulgados pela Petrobras na noite de quarta-feira (22), após meses de atraso, sobre o terceiro e o quarto trimestres de 2014 decepcionaram analistas de mercado.
Analistas destacaram negativamente dados relacionados ao endividamento da estatal e perspectivas quanto ao fluxo de caixa, bem como o anúncio de não pagamento de dividendos, embora tenham considerado que a divulgação dos resultados auditados traz um "alívio".
A estatal teve um prejuízo de R$ 21,6 bilhões no ano passado, segundo balanço auditado, após contabilizar perdas deR$ 6,2 bilhões por corrupção e reduzir em mais de R$ 44 bilhões o valor de seus ativos.
A empresa, no centro da operação Lava Jato, da Polícia Federal, não pagará dividendos referentes ao exercício de 2014 para preservar caixa, mesmo tendo mais de R$ 100 bilhões em reservas de lucros no fim de dezembro.
"Tudo isso nos deixa com a impressão de que a Petrobras irá continuar a ser 'mais do mesmo': fará apenas o necessário para garantir liquidez e recursos para executar investimentos, mas sem nenhuma urgência para alcançar fluxo de caixa livre positivo ou retornos elevados", disseram os analistas Andre Sobreira e Vinicius Canheu, do Credit Suisse, em relatório a clientes.
Às 10h10, os papéis preferenciais da companhia perdiam 5,9% e os papéis ordinários caíam 4,2%, enquanto o Ibovespa recuava 0,76%. Foto: Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA**Fonte: R7, com Reuters
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