Para algumas pessoas, fidelidade é a questão mais importante em um relacionamento. Mas segundo a psicanalista e escritora Regina Navarro Lins, o futuro prevê uma menor preocupação com a traição e uma maior liberdade para ter outros parceiros. "Ter vários parceiros será visto como natural. Penso que não haverá modelos para as pessoas se enquadrarem", defendeu.
Durante entrevista ao site UOL, Regina disse que o amor romântico é uma “construção social” que faz com que as pessoas vivam “mentiras” ou idealizações das relações. Para ela, na segunda metade do século 21 as pessoas provavelmente viverão o amor e o sexo bem melhor do que vivem hoje, porque na busca pela individualidade – que caracteriza o tempo presente – as pessoas buscarão novas descobertas para si mesmos.
“O amor romântico propõe o oposto disso, pois prega a fusão de duas pessoas. Ele então começa a deixar de ser atraente. Ao sair de cena está levando sua principal característica: a exigência de exclusividade. Sem a ideia de encontrar alguém que te complete, abre-se um espaço para outros tipos de relacionamento, com a possibilidade de amar mais de uma pessoa de cada vez”, acredita.
Ela também defende que o modelo de casamento como é conhecido provavelmente sofrerá uma mudança radical. “Ninguém deveria se preocupar se o parceiro transa com outra pessoa. Homens e mulheres só deveriam se preocupar em responder a duas perguntas: Sinto-me amado(a)? Sinto-me desejado(a)? Se a resposta for ‘sim’ para as duas, o que o outro faz quando não está comigo não me diz respeito. Sem dúvida as pessoas viveriam bem mais satisfeitas”.BN
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