Depois de ficar quarenta dias em uma maca no corredor do Hospital Geral de Vitória da Conquista, no interior da Bahia, o pintor José Henrique Oliveira, 18, finalmente deixou a unidade de saúde na terça-feira (22). Ele foi internado na unidade de saúde depois que quebrou a perna durante um acidente de trânsito. "Fiquei lá esperando pela cirurgia no fêmur por um mês e dez dias", contou. O tempo perdido por Oliveira na unidade de saúde poderia ter sido bem diferente se a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) que está sendo construída ao lado do hospital já estivesse pronta. Anunciada em 2012 pelo governador Jaques Wagner (PT), a obra serviria para desafogar o hospital, que faz 120 atendimentos por dias e sofre com superlotação e falta de leitos há pelo menos quatro anos. No entanto, ela está pelo menos seis meses atrasada --era para ter sido entregue entre o final do ano passado e o começo deste ano. Em nota, o governo da Bahia afirmou que 82% da construção já foi feita e que o atraso ocorreu em função da implantação do Sistema de Monitoramento de Obras (Sismob), desenvolvido pelo Ministério da Saúde, que aumentou "o rigor na fiscalização de todas as obras em execução no país". O Sismob serve para fiscalizar as obras de engenharia e infraestrutura de Unidades Básicas de Saúde, UPAs e Academias da Saúde financiadas com recurso federal. Questionado, o governo estadual, no entanto, não explicou porque o atraso foi de seis meses. Agora, a previsão é de que a unidade fique pronta em uma semana, até 31 de julho. A área, porém, não foi pintada, não tem piso, portas ou janela, e a área externa ainda está com chão de terra batida. A UPA vai custar R$ 3,6 milhões e deve fazer cerca de 300 atendimentos diários.(UOL)
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