O juiz norte-americano Thomas Griesa determinou ontem a representantes do governo argentino que se reúnam continuamente com os investidores que não aceitaram os termos da renegociação da dívida do país, na década passada, até chegarem a um acordo sobre o pagamento de uma conta que soma US$ 1,33 bilhão. O prazo termina no próximo dia 30. Se até lá não houver entendimento, a Argentina cairá novamente em situação de inadimplência.
Griesa decidiu ainda adiar a decisão sobre um pedido de Buenos Aires para suspender o bloqueio do pagamento de juros aos credores que concordaram com os termos da reestruturação da dívida. Cerca de US$ 800 milhões foram depositados pelos argentinos em bancos internacionais em 26 de junho, mas não poderão ser liberados enquanto não for resolvida a pendência com os demais credores.
A maior parte da dívida não renegociada está em mãos de fundos de investimento apelidados de “abutres” por explorarem oportunidades de ganho com títulos de países em dificuldades. Eles não aderiram ao acordo proposto pela Argentina para pagar sua dívida de US$ 100 bilhões, depois do calote de 2001, que previa descontos nos valores originais. Exigiram o pagamento integral, recorreram à Justiça e ganharam.
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