Luiz Felipe Scolari enfrenta em sua própria casa rejeição à possibilidade de continuar no comando da seleção brasileira. O UOL Esporte apurou que a mulher do treinador, Olga, prefere que ele deixe a equipe nacional.
Ela quer que o marido descanse após o furacão provocado pela goleada de 7 a 1 sofrida diante Alemanha nas semifinais da Copa do Mundo.
Neste sábado, depois da derrota por 3 a 0 para a Holanda, na disputa do terceiro lugar, Scolari afirmou que já tinha combinado com a cúpula da CBF que entregaria o cargo ao final da Copa, mesmo se fosse campeão. E que agora cabe ao presidente da confederação brasileira, José Maria Marin, decidir se faz o convite para que ele continue no cargo.
É possível que já nesta segunda Scolari tenha uma reunião com Marin para apresentar seu relatório sobre a participação da seleção no Mundial e discutir seu futuro.
Independentemente da vontade de Scolari, Marin espera resolver a situação até o final desta semana. Enquanto o dirigente não anuncia uma decisão, parte dos presidentes de federações estaduais cobra a saída de Felipão, considerado ultrapassado por eles. É o caso de Delfim Peixoto, mandatário da Federação Catarinense, e que será vice-presidente da CBF a partir de abril do ano que vem, quando Marco Polo Del Nero assumirá a presidência. As críticas do dirigente foram rebatidas por Scolari em entrevista coletiva.
Os dirigentes das federações estaduais não têm poder decisório na CBF. Mas a opinião deles pesa num momento em que a cúpula da CBF quer um treinador que goze de popularidade. Foi assim na escolha de Felipão para substituir Mano Menezes. Na ocasião, Felipão era quase uma unanimidade entre dirigentes e torcedores. Hoje, no entanto, ele é impopular também entre torcida e imprensa, o que torna sua situação crítica.
O quesito popularidade ganha mais importância agora porque a direção da CBF está acuada. Depois da derrota por 7 a 1 para a Alemanha, pedidos de CPI para investigar a entidade foram ressuscitados na Câmara e no Senado. Além disso, o Bom Senso FC, movimento que defende reivindicações dos jogadores, está alinhado com a presidente Dilma Rousseff. Nesse cenário, tudo o que os dirigentes não precisam é comprar briga desagradando a opinião pública com um nome que tenha rejeição.
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