EIKE PRESIDENTE?

247 - Parece piada, mas, em se tratando de Eike Batista, pode até ser verdade. Uma nota publicada no jornal carioca O Dia informa que o bilionário carioca, ex-homem-mais-rico-do-Brasil-que-sonhava-em-ser-o-mais-rico-do-mundo, quer concorrer à presidência da República. Não se sabe se para salvar o Brasil ou suas empresas que, a cada dia que passa, dependem mais do socorro oficial. Dias atrás, o jornal Valor Econômico informou que o BNDES já tem R$ 10 bilhões investidos em empresas do grupo X e pode colocar mais R$ 3 bilhões.

Leia, abaixo, a nota do jornal O Dia:

O bilionário Eike Batista anda pensando seriamente em entrar na vida política do País. E, como era de se esperar, Eike pensa bem grande. O empresário já confidenciou a pessoas próximas a ele que está de olho, sim, no posto de Presidente da República. 

Não se sabe quando Eike se candidataria nem se começaria de baixo, com uma campanha para deputado estadual ou federal. O fato é que o empresário só fala em política. 

A mesma fonte, próxima ao empresário confidenciou, ainda, que Eike não vai medir esforços caso tome a decisão de concorrer ao cargo mais importante do País. E se alguém duvida de candidaturas inusitadas de personalidades midiáticas, vale lembrar que Silvio Santos fez muito sucesso quando se candidatou ao cargo, em 1989. 

Mas o dono do SBT teve o registro da candidatura impugnado a poucos dias das eleições.

E também reportagem recente sobre os pepinos do BNDES com o grupo EBX:

EIKE PODE SER A PRÓXIMA BOMBA DO BNDES

Banco comandado por Luciano Coutinho, que já perdeu R$ 700 milhões na LBR, do setor de leite, já colocou R$ 10 bilhões nas empresas do bilionário, além de um pedido de mais R$ 3 bilhões; ações do "império X" viram pó

247 – Os investimentos que o empresário Eike Batista – que já foi o mais rico do Brasil – planeja fazer dependem cada vez mais de recursos oficiais, em especial do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O problema é que a instituição, que recentemente perdeu R$ 700 milhões relativos à operação da LBR Lácteos Brasil, pode registrar novos grandes prejuízos por conta do "império X" de Eike, cujas ações têm virado pó.

De acordo com reportagem do Valor Econômico, de 2005 até agora, o BNDES colocou nada menos que R$ 10 bilhões nas empresas de Eike Batista. E o empresário levantou R$ 13,6 bilhões em IPOs desde 2006, quando sua primeira empresa foi listada na bolsa brasileira, a MMX – que atua no setor de minério – até o lançamento das ações do estaleiro OSX, em 2010. Os dados são da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O bilionário ainda aguarda a aprovação de um financiamento de R$ 3 bilhões do banco, que será investido na expansão da mina de Serra Azul, em Minas Gerais. E a OSX, companhia de construção naval, também quer ajuda financeira para a construção de uma plataforma de petróleo. O problema é que o cenário não anda positivo para o empresário, que vê as dívidas aumentarem e o valor de suas empresas caírem.

Ainda segundo o Valor, há uma preocupação no mercado de que Eike tenha contraído empréstimos como pessoa física em bancos privados e dado como garantia as ações de suas empresas. O valor de todas as suas companhias na bolsa está abaixo se comparado à época da estreia – só em 2012 a OGX desvalorizou 67,84%. Ao jornal, o grupo EBX respondeu por email que está "capitalizado, com recursos suficientes para garantir a execução dos projetos desenvolvidos" e com "funding substancialmente equacionado para os próximos anos".

O problema é que, caso afunde, o grupo de Eike Batista não irá sozinho: causará grandes prejuízos também ao banco de fomento.