AFP - Agence France-Presse
O presidente encarregado e candidato à presidência da Venezuela, Nicolás Maduro, voltou a carga, neste sábado, contra o rival, Henrique Capriles, por, assim como ele, ter decidido iniciar a campanha para as eleições de 14 de abril na terra natal do líder falecido, Hugo Chávez, e chamou os opositores de "herdeiros de Hitler".
"Vocês sabem que a direita decidiu fazer uma campanha eleitoral de violência (...) Tenho as provas do que estão planejando. O primeiro ato de violência decidiram realizar na próxima terça-feira, aqui, em Barinas", afirmou Maduro, em um comício no estado em que Chávez nasceu.
Maduro, designado por Chávez seu herdeiro político, acusou Capriles de querer "provocar" o eleitorado chavista, e chamou o adversário de "caprichoso".
"Por que esse senhor tem que vir aqui? Por acaso nasceu em Barinas, ou o povo o quer? Tudo o que faz é provocação", afirmou a simpatizantes o candidato governista, que começará sua campanha em Sabaneta, povoado natal de Chávez.
Maduro também chamou os opositores de "herdeiros de Hitler", por promoverem uma campanha de "intolerância" que, para ele, empurra o partido contra os médicos cubanos presentes na Venezuela e um grupo de artistas venezuelanos que aderiram à campanha chavista.
Carlos Ocariz, diretor geral do comando da campanha opositora, chamada de Simón Bolívar, negou que a oposição busque a violência em Barinas. "É nosso direito, não queremos violência, nossa luta é eleitoral, esperamos que não aconteça nada. Nós, venezuelanos, somos suficientemente maduros", afirmou, em entrevista coletiva.
Uma pesquisa divulgada na semana passada pela empresa Hinterlaces aponta que Maduro tem 53% das intenções de voto, contra 35% para Capriles. O estudo ouviu 1.100 pessoas em todo o país, entre os dias 11 e 16 de março.
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