Reclamações de demora para atendimento em pronto-socorro ou agendamento de consulta, exame e cirurgia ou, ainda, da qualidade de serviços são comuns, diz o CNS (Conselho Nacional de Saúde).
"Não vejo como algo generalizado porque há cidades que conseguem equalizar esses problemas, mas de fato é bastante frequente em muitos municípios", diz Jorge Venancio, médico e conselheiro nacional.
Para ele, nos locais onde o problema ocorre --cita Teresina (PI) e São Paulo--, em geral a situação se deve ao tamanho da infraestrutura ou à quantidade reduzida de servidores.
Até em cidades menores que Ribeirão é possível encontrar usuários com queixas sobre a rede pública.
Em Piracicaba (364,5 mil habitantes), administrada pelo ex-ministro da Saúde Barjas Negri (PSDB), por exemplo, a Folha ouviu duas pessoas descontentes com o atendimento.
O pintor Robson Custódio, 33, diz que foi "umas 15 vezes" à UBS do Novo Horizonte, na periferia, para tentar ser atendido.
"Quando consegui [passar pelo médico], me mandaram para outro lugar. Desisti e fui no particular."
A dona de casa Michele Nascimento, 30, disse que não há médicos suficientes no posto do Kobayat Líbano e já esperou "mais de três horas" para a filha de dois meses ser atendida.
A Secretaria da Saúde de Piracicaba diz em nota ser "referência em serviço de alta complexidade" e que "compra 60% dos leitos SUS dos dois hospitais da cidade".
Ainda segundo a nota, são feitas constantes campanhas, mas "infelizmente a população ainda não busca se informar sobre onde estão os serviços oferecidos".
Piracicaba tem cinco prontos-socorros, 65 UBSs e 11 clínicas. Da Folha.com
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