Há exatos 20 anos, em 29 de setembro de 1992, a Câmara dos Deputados aprovava a perda do cargo do ex-presidente Fernando Collor de Mello, atual senador, e que o levaria à renúncia e perda dos direitos políticos por oito anos, sendo o primeiro mandatário a sofrer um impeachment no Brasil. Collor foi o primeiro presidente eleito diretamente pelo povo depois da ditadura militar (1964-1985), em 1989. Ele venceu a eleição no segundo turno, com pouco mais de 35 milhões de votos contra 31 milhões do segundo colocado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Após a posse, já em 1990, começaram a aparecer denúncias apontando para um esquema que envolvia cobrança de propina de empresários, contas no exterior e pagamento de gastos pessoais de Collor. O esquema seria coordenado pelo então tesoureiro de campanha de Collor, Paulo César Farias, ou apenas, PC Farias. O tesoureiro teria um fim trágico ao lado da namorada, Suzana Marcolino. Depois de ser preso e investigado, PC e a namorada foram mortos no dia 23 de junho de 1996. Ele foi encontrado deitado na cama de sua casa de veraneio, em Guaxuma (bairro na orla norte de Maceió), com um tiro no peito, ao lado de Suzana, também morta com um tiro.
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