Pressionado por protestos nas ruas, o governo português se esforça para defender que o ajuste fiscal em curso é a forma de recuperar a credibilidade nos mercados e voltar a receber investimentos. O ministro da Economia e do Emprego de Portugal, Álvaro Santos Pereira, afirmou que o país não tem capacidade financeira para criar incentivos e estimular a economia, como sugerem críticos. "Muitas economias europeias não têm essa possibilidade, pois estamos a combinar uma crise financeira e bancária com a crise do sobreendividamento [do governo e também de famílias e empresas]. O processo de desalavancagem [redução do endividamento] que está a acontecer em Portugal e na Europa é um processo fundamental para conseguirmos ultrapassar a situação atual", afirmou. Pereira participou do Fórum Empresarial do Algarve, organizado pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais) no complexo turístico de Vilamoura. O deficit fiscal de Portugal chegou ao equivalente a 6,8% do PIB (Produto Interno Bruto) ao final do primeiro semestre. Até o fim do ano, segundo acordo firmado pelo país com o FMI (Fundo Monetário Internacional) e a União Europeia, o déficit tem que chegar em 5% do PIB. O que indica que o rigor deve aumentar. Segundo o economista António Borges, que é consultor do governo português para as privatizações (também parte do programa de ajuste fiscal), Portugal está "pondo a casa em ordem" e que, depois de excessivos gastos públicos e privados, é preciso "apertar os cintos".
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