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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

MUNDO: Real deve ser parte da ‘moeda’ do FMI

O Fundo Monetário Internacional (FMI) vai divulgar até o fim deste mês os critérios para a inclusão de novas moedas na cesta que compõe os Direitos Especiais de Saque (SDR, na sigla em inglês), antecipou uma alta fonte do Fundo à Agência Estado. Esse é o primeiro passo para que moedas de países como o Brasil e a China façam parte da cesta do SDR, hoje privilégio apenas dos Estados Unidos, Japão, zona do euro e Reino Unido.
“Existe já há algum tempo uma expectativa de que a cesta precisa ser ampliada em algum momento e as moedas de países emergentes seriam as candidatas mais lógicas a serem incluídas na nova cesta”, disse a fonte.
“A publicação dos critérios não visa a descartar ou automaticamente incluir essa ou aquela moeda, mas esclarecer os requisitos que uma moeda terá de atender para a sua inclusão”, acrescentou a fonte.
O SDR é o ativo de reserva internacional emitido pelo FMI e que foi criado em 1969 para suplementar as reservas oficiais dos países-membros e cujo valor reflete uma cesta de moedas composta hoje apenas pelo dólar americano, o iene, a libra esterlina e o euro. Na prática, o SDR é a moeda do FMI.
Com a participação cada vez maior de países emergentes no crescimento da economia mundial, como a China e o Brasil, vem aumentando a pressão para que a cesta do SDR seja ampliada e seu valor reflita também a variação de moedas como o yuan chinês e o real brasileiro.
Contra a inclusão dessas moedas emergentes está a visão de alguns diretores do FMI de que ampliar a cesta para incluir moedas que não são totalmente conversíveis poderá reduzir a atratividade do SDR.
A cesta do SDR tem a composição revista a cada cinco anos. A última revisão, que aconteceu em novembro do ano passado, manteve a composição com as quatro moedas, apenas alterando o peso delas na cesta. O dólar americano teve o peso reduzido de 44% para 41,9%, enquanto a participação do euro subiu de 34% para 37,4%, a da libra esterlina passou de 11% para 11,3% e a do iene caiu de 11% para 9,4%.

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