O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, presta depoimento na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara e pediu desculpas públicas à presidente Dilma Rousseff sobre suas declarações recentes a respeito de sua saída do ministério. "Presidente Dilma, desculpas se fui agressivo. Eu te amo", afirmou.
Lupi tinha dito recentemente que só sairia "abatido" do Ministério do Trabalho. As declarações mereceram um 'puxão de orelhas' do Planalto. Carlos Lupi enfatizou hoje que jamais teve a intenção de agredir a presidente da República. "Posso ser tudo, menos deselegante, mal-educado ou despreparado", acrescentou.
Lupi também insinuou que, ao tentarem atingi-lo com as denúncias de corrupção na Pasta, o objetivo é sempre o governo. Ele reafirmou que não há corrupção em sua Pasta. "Se alguém fez algo no Ministério do Trabalho é individual e que pague", afirmou.
Segundo ele, as denúncias são vazias e mostram que não houve propina, pois as empresas denunciantes não receberam dinheiro do ministério. "Apareça a prova, apresente-se quem levou dinheiro. Eu não compactuo com a corrupção. Quero corruptor e corrupto na cadeia", disse.
O ministro presta esclarecimentos sobre denúncias de irregularidades no repasse de recursos do Ministério do Trabalho para organizações não governamentais e de envolvimento de assessores com um esquema de pagamento de propina em benefício do PDT.
Ontem, os deputados discutiam sobre a votação de requerimentos de convite e convocação do ministro, quando ele enviou mensagem informando sua disposição de ir hoje à Câmara para dar explicações. Desde o fim de semana, o ministro nega todas as acusações, publicadas pela revista Veja. Ele afastou um dos assessores envolvidos nas denúncias.
Em entrevistas recentes, Lupi disse que o assunto está superado. “A gente já deu as respostas que tinha que dar, apresentou os documentos, o procurador-geral da República [Roberto Gurgel] já se pronunciou", afirmou.
Lupi reiterou que sua equipe não cobra propina em nome do partido. Ele lembrou que o Ministério do Trabalho conta com cerca de 10 mil funcionários. “Se alguém tiver feito, cadeia para o corrupto e para o corruptor”, disse.
Segundo o ministro, as informações de irregularidades são “vazias e irresponsáveis”. Ele pediu que sejam apresentadas provas relacionadas a supostos pagamentos de propina que envolvam seu nome.
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