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terça-feira, 12 de julho de 2011

É BRASIL:Senador sem voto

Minas vem sendo representada por senadores suplentes desde 1982 .Para conquistar um bom emprego no serviço público ou ocupar um cargo eletivo, o cidadão tem que demonstrar competência, concorrer a concurso ou disputar eleições. Existe um caminho mais curto, contudo, para que alguém, mesmo não passando por nada disso – sem receber um voto sequer – possa ocupar um cargo, com salário de R$ 26,9 mil, acrescido de R$15mildeverba de gabinete e uma série de vantagens, entre elas, direito a 18 assessores, a metade deles não concursados, passagens aéreas e auxílio-moradia. Essa possibilidade é aberta ao suplente de senador.

Há 14 políticos exercendo mandato no Senado para o qual não foram eleitos, seja por licença, renúncia ou falecimento dos titulares. Dos 14, dois são de Minas. O último mineiro a ganhar o mandato foi Zezé Perrella (PDT), suplente de Itamar Franco (PPS), morto em 2 de julho. Perrella tomou posse nessa segunda-feira.

O exercício do mandato por "senadores reservas" de Minas, no entanto, não é coisa de hoje. Quando foi eleito governador do estado, em 1982, Tancredo Neves abriu vaga para seu suplente no Senado, Alfredo Campos. Quatro anos depois, Alfredo Campos se candidatou à reeleição em 1986 e, com os votos do eleitorado, conquistou um novo mandato de oito anos, ficando no Senado até 1994.
Nas últimas cinco eleições, houve suplentes mineiros que acabaram ocupando a vaga do titular. Em abril de 1996, a ex-secretária do PTB mineiro, Regina Assumpção assumiu o cargo de senador por dois anos, substituindo o titular Arlindo Porto (PTB), nomeado ministro da Agricultura do governo Fernando Henrique Cardoso. Regina virou suplente por acaso, numa situação pitoresca. Incentivado pelo ex-governador Hélio Garcia, Porto decidiu se candidatar ao Senado na última hora. Ele era vice-governador e postulava ser candidato a governador, mas Garcia escolheu Eduardo Azeredo (PSDB).

Com o registro feito na última hora, Porto acabou colocando a secretária do partido como suplente. Era para ser provisório, mas o partido acabou não fazendo a troca.O segundo suplente de Arlindo Porto era um office-boy da sede do PTB em Belo Horizonte.
Fonte:
http://www.uai.com.br/  

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