Karina Justino, de 42 anos, foi assassinada em casa na frente da filha e do neto dias depois de pedir medida protetiva
Karina havia denunciado o ex por agressão | Reprodução/redes sociais
Yuri Macri - SBT

O corpo de Karina foi sepultado no Cemitério Santo Antônio, em Sorocaba (SP). A despedida foi marcada pela dor e pela revolta. Enquanto a família chorava, o suspeito continuava foragido.
Karina vivia um relacionamento marcado pela violência. Segundo familiares, ela era agredida e ameaçada havia anos. Em outubro, decidiu se afastar: saiu da casa do ex-marido, Aparecido Mendes, de 55 anos, e foi morar com a filha. Mesmo longe, as ameaças continuaram.
Dias antes de morrer, Karina registrou um boletim de ocorrência por lesão corporal e pediu uma medida protetiva. Com os olhos roxos e a mão ensanguentada, ela disse à polícia que temia ser morta. O pedido de ajuda, no entanto, não foi suficiente. O agressor continuou solto.
Poucos dias antes do crime, o ex-marido teria invadido a casa onde Karina estava morando. Ele destruiu móveis, fez novas ameaças e foi embora. No domingo, a família planejava almoçar junta e começar a mudança definitiva para a casa da irmã.
Na madrugada, Aparecido voltou. Entrou pelos fundos, arrombou a porta e surpreendeu a vítima enquanto todos dormiam. Houve correria, gritos e desespero. A filha de Karina, Kamilla, tentou defender a mãe, mas foi atingida na cabeça com a coronha da arma. O homem obrigou Kamilla a se trancar no banheiro com a criança e, em seguida, disparou três vezes contra a mulher.
Karina morreu nos braços da filha. O crime aconteceu diante do neto, que agora está sob proteção.
Ameaça contra filha












































