Ataque foi reivindicado pelo grupo jihadista Al Shabab; cerca de 400 foram atingidas, entre mortos e feridos
Pelo menos 100 pessoas, incluindo crianças, morreram em um ataque duplo com carro-bomba, reivindicado pelo grupo jihadista Al Shabab, em uma avenida em Mogadíscio, disse o presidente da Somália, Hasan Sheikh Mohamud, neste domingo, 30/10.
Via bahiaon
“Até agora, o número de mortos chegou a 100 e 300 ficaram feridos, e o número de mortos e feridos continua aumentando“, disse o presidente após visitar o local do ataque. O saldo anterior era de nove mortos.
Os dois veículos carregados de explosivos explodiram no movimentado cruzamento de Zobe, em Mogadíscio, e a explosão foi seguida de um tiroteio perto do Ministério da Educação da Somália.
As explosões na tarde de sábado explodiram janelas de prédios próximos e lançaram estilhaços e nuvens de fumaça e poeira no ar.
“Os terroristas implacáveis mataram mães. Algumas morreram com seus filhos nas costas“, disse o porta-voz da polícia Sadik Dudishe.
O ataque ocorreu no mesmo cruzamento de um ataque em 14 de outubro de 2017 com um caminhão carregado de explosivos que deixou 512 mortos, além de 290 feridos.
“Isso não está certo. E se Deus quiser, eles não poderão realizar outro ataque“, disse Mohamud, referindo-se ao grupo jihadista Al Shabab.
O atentado foi reivindicado pelo Al Shabab, cujos combatentes tinham como alvo o Ministério da Educação, afirmou o grupo jihadista vinculado à Al-Qaeda em nota.
Os jihadistas tentam há 15 anos derrubar o frágil governo da Somália, que tem apoio internacional.
Os combatentes foram expulsos da capital em 2011 pelas forças da União Africana, mas o grupo continua controlando faixas do território rural e realiza ataques mortais contra civis e militares.
As Nações Unidas, a Turquia e a União Africana condenaram o ataque sangrento. A missão da ONU na Somália prometeu apoiar “todos os somalis contra o terrorismo”.
“Esses ataques ressaltam a urgência e a importância crítica da ofensiva militar em andamento para enfraquecer ainda mais o Al-Shabab”, disse no Twitter a Missão de Transição da União Africana na Somália, que substituiu a força de manutenção da paz anterior.
“Guerra total”
O Shabab reivindicou na semana passada a responsabilidade por um ataque a um hotel na cidade portuária de Kismayo, que deixou nove mortos e 47 feridos.