As vacinas são feitas à base de leguminosa, como o feijão fradinho ou de corda
Foto: Embrapa
Pesquisadores do Depto de Nanoengenharia da Universidade da Califórnia, EUA, criaram uma vacina contra a Covid à base de feijão fradinho, mais conhecido como feijão de corda.
Os resultados de testes com duas vacinas tiveram sucesso com camundongos, que desenvolveram uma grande produção de anticorpos neutralizantes contra o coronavírus.
O trabalho da equipe foi publicado esta semana no Journal of the American Chemical Society.
“O que é emocionante sobre nossa tecnologia de vacinas é que ela é termicamente estável, o que poderia facilitar o alcance a lugares onde a instalação de freezers não é possível”, diz Nicole Steinmetz, professora de nanoengenharia. Por Andréa Fassina / SNB
Feijão Fradinho
Para criar as vacinas, a equipe cultivou milhões de cópias de dois vírus em dois organismos: a bactéria Escherichia coli e uma leguminosa já conhecida no Brasil, o feijão-fradinho.
Diante da proliferação do vírus bacteriófago Qbeta e do vírus do mosaico severo, os cientistas coletaram suas nanopartículas e aplicaram nelas um pequeno pedaço da proteína spike do Sars-CoV-2, a responsável por permitir que o vírus entre nas nossas células.
Um imunizante criado a partir desse processo carrega um vírus que, apesar de estimular o reconhecimento do nosso sistema imunológico, não é infeccioso.
Uma vez reconhecida a parte da proteína spike do coronavírus, as células do corpo estariam prontas para gerar uma resposta imune contra ele.
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