Grupo de especialistas da universidade alerta sobre riscos de festas durante período. 'Não é hora de aglomerar', alertam cientistas
Fonte: G1
Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) fazem um alerta para o período de carnaval, em meio à pandemia de Covid-19: a ocorrência de aglomerações pode agravar a situação causada pelo novo coronavírus na capital. Foto: Renato Araújo/Agência Brasília
O aviso é da Sala de Situação da UnB, que reúne um grupo voltado ao enfrentamento de emergências de saúde pública. Segundo o vice-coordenador da iniciativa, o epidemiologista Mauro Sanchez, "é importante lembrar que o início da vacinação não é passe livre e nem motivo para o relaxamento das medidas de prevenção".
Sanchez afirma que, neste primeiro momento da vacinação, "a tentativa é diminuir o número de pessoas que adoecerá e que pode evoluir para um quadro mais grave, como os idosos, para proteger a capacidade do sistema de saúde". O pesquisador alerta que o distanciamento e as medidas de prevenção continuam sendo a melhor forma de evitar o contágio.
"Para a população em geral, nada mudou ainda. Se nada mudou ainda, não é hora de aglomerar", diz o cientista.
Medidas de segurança
Os pesquisadores citam que as festas no DF e em outras unidades da federação já foram proibidas por conta do alto número de infecções pelo vírus. No entanto, afirmam que o perigo continua.
"As aglomerações que ocorreram com as comemorações no fim de 2020 geraram um considerável aumento no número de casos de coronavírus que continuam a preocupar os especialistas também nesta época do ano", diz o grupo, em nota.
Segundo os especialistas, os principais cuidados a serem seguidos são:
Uso de máscara
Distanciamento social
Boa ventilação dos ambientes
Higiene das mãos com sabão ou álcool 70%
Não tocar o rosto com as mãos sem higienizá-las antes
O grupo afirma esperar que "a cobertura vacinal da população aumente para que se chegue a um nível que, de fato, a população possa viver o que se tem chamado de 'nova normalidade'". No entanto, diz que, até lá, "é importante ter consciência que não se pode deixar de lado as medidas já conhecidas e que funcionam para evitar a proliferação do vírus e o contágio entre as pessoas".