> TABOCAS NOTICIAS : Jovem trata COVID com ivermectina e pode precisar de transplante de fígado

sábado, 13 de fevereiro de 2021

Jovem trata COVID com ivermectina e pode precisar de transplante de fígado

Paciente desenvolveu hepatite medicamentosa após tomar o remédio por uma semana para tratar a infecção pelo novo coronavírus
Fonte: Estado de Minas
Foto: Luis Robayo/AFP
É de consenso entre médicos e autoridades de saúde que nenhum fármaco tem eficácia cientificamente comprovada no tratamento da COVID-19. Mas o assunto gera polêmica, já que outra parcela de profissionais de saúde vem receitando remédios no enfrentamento inicial da doença, e isso passa pela liberdade do médico.

O Conselho Federal de Medicina (CFM), inclusive, recomenda que cada médico faça a prescrição conforme suas próprias convicções, e essa é uma decisão tomada em conjunto com o paciente.

No rol dos medicamentos que vêm sendo usados para tratar precocemente o novo coronavírus estão ivermectina, cloroquina, vitaminas C e D, zinco, antibióticos e o vermífugo Anitta.

A ivermectina, usada no tratamento de vários tipos de infestações por parasitas, entre elas as causadas por piolhos e sarna, está no centro de uma denúncia feita pelas redes sociais do médico pneumologista Frederico Fernandes, presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT).

Nesse sábado (6/2), ele contou, por meio de um post no Twitter, o caso de um paciente que desenvolveu hepatite medicamentosa depois de ser internado com a COVID-19.

Trata-se de uma pessoa jovem, que manifestou sintomas leves da infecção e, depois de passar uma semana recebendo a ivermectina, a uma dosagem de 18 miligramas por dia (prescrição considerada equivocada na opinião de Frederico Fernandes), acabou apresentando piora em seu quadro de saúde.

A hipótese entre a equipe médica que atende o caso é que o problema esteja relacionado ao uso da ivermectina. Conforme Frederico Fernandes, o paciente agora está em avaliação quanto à necessidade de um transplante de fígado.

"Muito triste ver uma pessoa jovem a ponto de precisar de transplante por usar uma medicação que não funciona em uma situação que não precisa de remédio algum", postou o pneumologista.

A lesão no fígado induzida por medicamentos é uma complicação hepática do uso de medicamentos, ervas e fitoterápicos de espectro variável, de alterações leves a hepatite aguda grave, que se manifesta algum período após a administração do medicamento.

Risco alto e desnecessário
A médica hepatologista do Orizonti, Instituto Oncomed de Saúde e Longevidade, Maíra Fernandes Almeida Penna, explica que muitas drogas usadas em tratamentos médicos, incluindo ervas medicinais ou outras substâncias, podem provocar alterações no fígado.

Na maioria das vezes, a médica esclarece, são manifestações leves, e em outros casos mais graves.

São alterações que podem estar associadas à dose prescrita ou acontecer de forma imprevisível, as chamadas reações idiossincrásicas, ligadas ao metabolismo hepático da droga. Mais em https://www.informecidade.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário