por Folhapress**Foto: Eduardo Silva / TV Anhanguera
O médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, 76, prestou seu primeiro depoimento ao Ministério Público na manhã desta quarta-feira (26), em Goiás e alegou "não se lembrar" das mulheres que o acusam de abuso sexual.
Ele também negou que tenha praticado qualquer tipo de crime durante seus atendimentos espirituais, de acordo com informações de Alex Neder, um dos advogados que fazem a defesa do médium.
"Ele respondeu a todas perguntas dos promotores. Negou peremptoriamente que tenha cometido qualquer tipo de abuso sexual. Ele sempre fez atendimentos acompanhado de várias pessoas ", disse Neder.
João de Deus está preso preventivamente (sem data para soltura) desde 18 de dezembro, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia sob suspeita de cometer crimes sexuais contra pessoas que procuravam tratamento espiritual.
O médium chegou ao Ministério Público por volta das 10h sob forte escolta policial. Os promotores receberam centenas de denúncias por email de pessoas que se dizem vítimas de crimes cometidos por João de Deus. Desses casos, 77 foram ouvidos pela força-tarefa que integra também agentes da Polícia Civil.
O advogado afirma que João de Deus "está muito debilitado" por causa de sua condição de saúde (ele é cardiopata) e que não recebe atendimento médico no presídio.