Estadão Conteúdo - A Justiça de Minas Gerais determinou o bloqueio de R$ 1,2 bilhão em bens de ex-controladores e ex-dirigentes do Banco Rural e de empresas coligadas ou que trabalharam para a instituição. A decisão foi tomada a pedido da Promotoria de Justiça de Falências e Recuperações Judiciais do Ministério Público, que investiga má gestão no banco.
Entre ex-controladores e ex-diretores citados no processo estão Kátia Rabello, ex-presidente e herdeira do Rural, José Roberto Salgado e Vinícius Samarane. Os três cumprem pena em presídios da região metropolitana de Belo Horizonte, condenados por envolvimento noescândalo do mensalão. O banco que comandavam foi acusado de abastecer o esquema com empréstimos forjados.
Em 2013, oito anos depois do início das investigações sobre o mensalão, o Rural foi liquidado extrajudicialmente pelo Banco Central. O BC alegou na determinação comprometimento da situação econômico-financeira e falta de um plano viável para a recuperação da instituição financeira sediada na capital mineira.
O arresto de bens foi determinado pela juíza Patrícia Santos Firmo, da 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte em 6 de julho, em atendimento a pedido de liminar da ação cautelar movida pelo Ministério Público. A decisão judicial foi revelada ontem pelo jornal Hoje em Dia.