A principal agência de contraterrorismo da Índia descobriu um suposto plano de um grupo militante proscrito para assassinar a primeira-ministra de Bangladesh e dar um golpe, informaram três autoridades de segurança indianas do primeiro escalão à Reuters nesta terça-feira (28).
A Índia irá entregar um dossiê a Bangladesh com detalhes do plano dos membros do Jamaat-ul-Mujahideen, que realizou dezenas de ataques no país vizinho a leste da Índia, disseram funcionários do governo e da polícia.
Bangladesh não comentou diretamente as afirmações de que a premiê, Sheikh Hasina, era o alvo da trama, mas declarou ter reforçado a segurança na fronteira com a Índia.
Majoritariamente muçulmano, Bangladesh já sofreu três grandes golpes de Estado e duas dezenas de rebeliões menores desde que se tornou independente do Paquistão em 1971 em uma guerra que matou e deslocou milhões de pessoas.
A suposta conspiração foi descoberta depois que dois membros do grupo foram mortos por uma explosão enquanto fabricavam bombas caseiras em uma residência de Bengala Ocidental, no leste da Índia, no início do mês. A polícia indiana disse que os militantes eram naturais de Bangladesh e usavam a Índia como base para planejar seus atentados.
“A estratégia era mirar líderes políticos do país e demolir a infraestrutura democrática de Bangladesh”, afirmou um funcionário do Ministério do Interior da Índia, falando sob condição de anonimato.