Fabricio Bomjardim/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo - 27.out.2014
Vegetação cresce em áreas antes cobertas pelas águas da represa Guarapiranga, na zona sul de São Paulo
A seca em São Paulo deve continuar em 2015, desta vez associada também ao desenvolvimento do fenômeno El Niño, afirmou ao jornal "O Estado de S. Paulo" o secretário-geral adjunto da Organização Mundial de Meteorologia (OMM), Jeremiah Lengoasa.
O aquecimento das águas equatoriais do Oceano Pacífico, na altura do Peru e do Equador, provocará a formação de nuvens que tendem a ser arrastadas pelos ventos na direção oeste. Mas não para a América do Sul, explicou o cientista sul-africano, que participou na segunda-feira (27) da abertura da 40ª Sessão do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC, em inglês), em Copenhague.
"É a natureza tentando se modelar para atingir seu normal", declarou, em entrevista ao Estado. "Se entendermos melhor os padrões de oscilação do fenômeno El Niño, poderemos prever de forma mais precisa e tornar disponível essa informação para os governos e as populações a serem atingidas. Mas a mudança do clima está tornando essa tarefa muito difícil."
Lengoasa explicou que o fenômeno El Niño foi mais agressivo entre 1997-98, quando provocou o aumento médio de 0,5 grau Celsius na temperatura média mundial e levou a uma mudança severa na distribuição das chuvas. Em 2010, voltou a apresentar-se de maneira intensa, mas não tão forte como antes. "Já há 70% de chances de o El Niño surgir muito cedo, ainda no final deste ano. Se tiver o mesmo efeito de 97-98, isso será caracterizado por uma imensa seca no mundo", disse. "Mas ainda há possibilidade de ele não se desenvolver de maneira tão forte." Leia mais em: http://zip.net/bdp28H
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