Foto: Arquivo pessoal
O novo desafio do estudante Víctor Domene, de 17 anos, morador de São Paulo, é escolher em qual das universidades mais prestigiadas do mundo ele quer estudar.
O adolescente foi aceito por Harvard, Yale, Columbia, Princeton, Duke, todas nos Estados Unidos, líderes de rankings de excelência – e ainda aguarda o resultado de Stanford.
Víctor tem de se decidir, e se matricular, até o mês de maio.
O resultado da Universidade Harvard foi divulgado na semana passada.
No total, foram admitidos 2.023 estudantes para graduação no mundo todo, 5,9% do total dos que aplicaram (34.295 pessoas).
No Brasil, Víctor também colecionou aprovações nas melhores instituições: passou no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA); foi o segundo no curso de engenharia elétrica na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pelo Sisu; e o sétimo na Poli, escola de engenharia da Universidade de São Paulo (USP).
Não se matriculou em nenhuma porque o sonho mesmo era fazer faculdade no exterior.
“Sempre quis estudar fora do Brasil, mas não sabia muito bem como. Quando era criança minha mãe perguntava o que queria ser quando crescesse e respondia: Bill Gates”, diz.
Nos Estados Unidos, ele pretende desfrutar da possibilidade de cursar disciplinas de cursos de diferentes áreas.
“Quero ter a liberdade de estudar várias coisas. Quero me formar em ciência da computação, mas pretendo fazer aulas de economia, matemática e gosto de psicologia. Pretendo trabalhar com algo que ajude a impactar o Brasil, tive muitas oportunidades e é justo retornar para a sociedade.”
A mãe de Víctor é dona de casa e o pai, jornaleiro por muito anos, hoje é assistente administrativo em uma empresa.
Os primeiros anos do ensino fundamental, ele cursou na rede pública, a partir do 5º ano migrou para a escola particular porque conseguiu uma bolsa de estudos por mérito.
Víctor concluiu o ensino médio no Colégio Bandeirantes, como bolsista do Ismart, ONG que apoia talentos.
No histórico, o aluno tem, além de excelentes notas, medalhas em olimpíadas nacionais e paulistas de química, física e informática.
Para ele, o forte da sua candidatura às vagas (o processo se chama application) foi a história de vida.
“Pude contar minha história de vida nas redações e acho que as minhas cartas de recomendações dos professores do Bandeirantes também ajudaram muito. Contei com a ajuda de muita gente.”
O brasileiro vai para Nova York, nos Estados Unidos, agora no início de abril a convite da Universidade Columbia.
Durante a viagem também vai aproveitar para conhecer Princeton.
Ele recebeu 100% de bolsa de estudos de todas a universidades em que foi aceito – só Harvard ainda não respondeu - por isso, a falta de condição financeira dos pais não vai ser problema para que ele estude fora do país.
Nos Estados Unidos, as bolsas são concedidas a partir da situação socioeconômica da família, e inclui despesas com mensalidade, hospedagem e alimentação.