Reconhecimento oficial aconteceu nesta segunda (11), durante cerimônia na Opas. Esta é a primeira doença determinada socialmente que o país está livre
Foto: Matheus Damascena/MS
Afilariose linfática, também conhecida como elefantíase, é a primeira doença determinada socialmente que o Brasil está livre. O reconhecimento oficial foi feito nesta segunda-feira (11), em cerimônia na Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em que o Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Saúde (CNS), Conselho Nacional Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) receberam um certificado pelo esforço tripartite do Sistema Único de Saúde (SUS) para eliminar a doença. A homenagem foi entregue à ministra da Saúde, Nísia Trindade, pelo diretor da Opas/OMS, Jarbas Barbosa.
Em setembro, a Organização Mundial de Saúde (OMS) já havia anunciado o feito brasileiro, no entanto, a entrega oficial do documento será feita neste evento. Considerada uma das maiores causas mundiais de incapacidade permanente, a filariose linfática afeta, principalmente, populações vulneráveis. O Brasil é o 20º país a receber a certificação pela eliminação da doença e o 53º a ficar livre de uma doença tropical negligenciada.
A ministra da Saúde dedicou o certificado às pessoas que convivem com a doença. “Esperamos resgatar, de alguma forma, uma dívida histórica desse país em não cuidar das chamadas ‘doenças da pobreza’ que, na verdade, são da omissão. O compromisso do nosso governo é recuperar a dignidade dessas pessoas com políticas públicas efetivas”, ressaltou Nísia.
Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), reforçou que a atuação do Ministério da Saúde permanece mesmo após a eliminação da filariose linfática. “Nós estabelecemos uma vigilância após a eliminação para que essa doença não venha mais a retornar e fazer vítimas em território nacional”, salientou. Mais no www.gov.br/saude
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