Em outubro do ano passado, a comerciante Maria Tatiana Oliveira foi morta após um assalto em sua farmácia, em Guarulhos (SP). Duas pessoas entraram na farmácia fingindo-se de clientes e, então, anunciaram o roubo. Pouco depois de deixarem o local com o dinheiro, um deles, menor de idade, retornou à farmácia e matou a comerciante com um tiro à queima-roupa.
Na tarde da última sexta-feira (24/2), seu cunhado, Francisco Oliveira Carneiro, vestia uma camiseta estampada com uma foto de Maria Tatiana para participar da primeira audiência pública para discutir mudanças no Código Penal, lei de 1940. A audiência, coordenada por uma comissão de juristas que está elaborando o anteprojeto de reforma do Código, ocorreu no Salão dos Passos Perdidos do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), no centro da capital, e foi acompanhada por cerca de 500 pessoas.
“O cara que matou a Maria Tatiana era menor e, quando ele completar 18 anos, vai sair [da prisão]. Por isso, queremos que a Justiça mude. Ele tem que pagar pelo que fez”, defendeu Carneiro, que foi à audiência para pedir a redução da maioridade penal.