Médica inventou de criticar Maduro no WhatsApp
A pena é a máxima do país; ela tem 65 anos e sofreu um infarto na cadeia
Venezuela – Uma senhora de 65 anos vai passar o resto da vida na cadeia por causa de uma mensagem no celular. Marggie Orozco Tapias recebeu a pena máxima da Venezuela, de 30 anos, a mesma dada para quem mata ou estupra. O “crime” foi enviar um áudio no WhatsApp pedindo que os vizinhos não votassem em Nicolás Maduro. Fonte: BBC
A polícia bateu na casa da médica dizendo que era apenas uma conversa, mas ela ficou presa e incomunicável. O filho contou que a mãe sofreu um infarto atrás das grades e a juíza negou liberdade. A magistrada alegou que criticar o governo põe em risco a paz e ajuda os Estados Unidos a planejar uma invasão.
A acusação usou a “Lei contra o Ódio” e somou com traição à pátria. O caso não é único por lá. Um sujeito pegou 15 anos só porque reclamou que pagou o gás e não recebeu, e uma estudante de enfermagem teve o mesmo destino por um vídeo no TikTok.
Advogados e entidades internacionais afirmam que a legislação serve apenas para silenciar o povo. O filho de Marggie diz que a mãe apenas desabafou sobre a crise econômica e que nunca pegou em armas ou pediu guerra. Mesmo assim, a justiça considerou que a fala dela era perigosa.
O clima é de medo nas redes sociais venezuelanas, onde muita gente apaga o histórico do celular para não ser presa. O governo Maduro segue firme dizendo que a liberdade de expressão tem limites e que vai punir quem “atrapalhar a paz” do país. npexpresso
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