Mais da metade dos entrevistados já testemunharam ou vivenciaram casos de discriminação
Felipe Holanda - LeiaJá
Foto: Freepik

O estudo também revela que 20% das pessoas já foram prejudicadas em processos seletivos, promoções ou até demissões em virtude da identidade. Além disso, 44% destacam a ausência de incentivos reais para inclusão da comunidade no ambiente corporativo, enquanto 41% não identificam qualquer projeto em prol da contratação de profissionais LGBTQIAPN+.
Coordenadora de Recursos Humanos da Catho, Tatianne Brito, enfatiza que o cenário precisa de novas empreitadas. “É necessário agir com intencionalidade. A diversidade precisa estar na estratégia, não só na comunicação. Quando um profissional LGBTQIAPN+ é contratado, mas não encontra um ambiente seguro, o impacto é duplo, tanto na pessoa quanto no desempenho da equipe”, salienta.
Os participantes da pesquisa pontuam que a maioria das ações dentro das empresas se limitam a políticas internas e treinamentos. Se 11% dos pesquisados não reconhecem incentivos para a inclusão, 25% até acreditam que existam, mas não enxergam na prática corporativa.
“Criar um ambiente onde todas as pessoas possam ser quem são, sem medo de represálias, é também uma questão de produtividade e inovação”, diz Tatianne, reforçando a necessidade de investir em cultura inclusiva.
“O que queremos com essa pesquisa é, justamente, impulsionar a conscientização e a importância da inclusão no mercado de trabalho, incentivando as empresas a refletirem sobre suas práticas internas. Todo talento é bem-vindo e pode contribuir para o desenvolvimento de uma organização. É preciso avançar do discurso à ação real”, conclui.
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