No comparativo com agosto de 2021, porém, a confiança no varejo brasileiro está 7,8% mais alta
Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) interrompeu uma série de quatro altas seguidas em agosto, recuando 1,8% em relação a julho. Com 124 pontos, o indicador da Confederação Nacional do Comércio avança 7,8% no comprativo com mesmo período de 2021. Neste mês, tanto a avaliação das condições atuais quanto as expectativas para os próximos meses caíram (em 2,3% e 2,4%, respectivamente).
Pelo lado do consumidor, a confiança subiu 4,1 pontos em agosto. Este indicador é aferido pelo Instituto Brasileiro de Economia (FGV Ibre).
Em relação às expectativas para o futuro, o Icec de agosto apontou que 87,3% dos varejistas esperam um melhor desempenho nos próximos meses. A parcela daqueles que consideram que as condições para operação do comércio vão ficar mais difíceis (12,7%) é a maior desde julho de 2021.
Apesar da injeção de recursos na economia e no comércio, por conta das medidas de ampliação da renda das famílias e da recuperação do emprego, o presidente da CNC, José Roberto Tadros, explica que a inflação e os juros altos têm atuado como limitadores do poder de compra das famílias. “O consumidor está mais cauteloso com os gastos, principalmente as famílias de menor renda”, ressaltou.
Segundo Tadros, os níveis de endividamento e inadimplência mais elevados do que nos anos anteriores, especialmente entre as famílias de rendas média e baixa, também podem reduzir o impacto positivo no comércio das maiores transferências de renda.
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