Dados da Confederação Nacional dos Municípios apontam que a demanda reprimida pelo Auxílio Brasil é o dobro da fila oficial do governo.
A demanda reprimida pelo Auxílio Brasil em maio era mais que o dobro da fila oficial divulgada pelo governo, de acordo com novos dados compilados pela CNM (Confederação Nacional dos Municípios). As informações são do jornal O Globo.
Segundo o levantamento, em maio havia 1,8 milhão de famílias aguardando o benefício, mas o Ministério da Cidadania dizia ser quase 765 mil.
A CNM leva em consideração as inscrições de famílias no Cadastro Único(CadÚnico) que atendem ao critério para ingressar no programa, com renda mensal per capita inferior a R$ 210, e que tiveram os dados atualizados há pelo menos 24 meses. Já o Ministério da Cidadania leva em consideração outros filtros.
Ainda de acordo com O Globo, em maio, 18,11 milhões de famílias recebiam R$ 400 de benefício segundo os dados do governo. Mas o anúncio do aumento do valor para R$ 600 e no número de beneficiados pelo programa provocou um aumento na procura por atendimento nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras).
Para ampliar o programa, o governo aprovou uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) eleitoral que driblou as regras fiscais e eleitorais e permitiu o pagamento de um benefício maior a mais famílias. O Orçamento de 2022 previa R$ 90 bilhões para o programa, mas com a PEC foram liberados mais R$ 26 bilhões.
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