A decisão de excluir patente de general dos registros de candidatura se deu por orientação do marketing
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Diferente de 2018, quando cresceu o número de candidatos que ostentavam patente militar na tentativa de alavancar seus nomes na disputa eleitoral, este ano dois nomes proeminentes das Forças Armadas decidiram omitir a designação hierárquica.
Conforme apuração da coluna de Bela Megale, no jornal O Globo, o ex-ministro Walter Braga Netto (PL) e o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos), candidatos à vice-presidência e ao Senado, decidiram excluir a patente dos registros de candidatura.
Segundo a coluna, a decisão ocorreu por orientação do marketing das campanhas. Na avaliação da equipe de comunicação, a patente poderia limitar as candidaturas, enquanto os nomes ajudariam a ampliar a representatividade.
Integrantes da campanha da chapa do presidente Jair Bolsonaro (PL) e Braga Netto alegam também que como o general já ocupou cargos no governo, muitos já se dirigiam a ele sem citar a patente.
Mourão, entretanto, esquivou de comentar diretamente sobre a orientação do marketing para omitir a patente. De acordo com a publicação, ele se limitou a dizer que “na sua visão de militar, não gosta de misturar o posto com o papel de político”. Apesar disso, em 2018, quando ele disputou como vice de Bolsonaro, seu nome apareceu nas urnas como “general Mourão”.
O Estatuto Militar proíbe o uso das designações hierárquicas por integrantes das Forças Armadas em atividades político-partidárias, mas, na prática, muitos ignoram a regra.
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