Um estudo realizado pelo governo do Reino Unido mostrou que as vacinas contra a Covid-19 da Pfizer e da Universidade de Oxford/AstraZeneca, aplicadas no Brasil, são eficazes contra a variante B.1.617.2 originada na Índia. A informação foi divulgada pelo Financial Times.
Duas doses dos imunizantes ofereceram cerca de 81% de proteção contra a variante, segundo análise do Nervtag (New and Emerging Respiratory Virus Threats Advisory Group), que monitora as doenças respiratórias virais. Apenas uma dose da vacina ofereceu proteção de 33% contra a cepa. Os dados ainda não foram publicados e analisados por outros cientistas. "Cientistas da Public Health England estão avaliando a eficácia das vacinas contra a variante B.1.617.2 de Sars-Cov-2. Estaremos publicando os resultados desta avaliação no devido tempo", afirmou representante do Sistema Público de Saúde da Inglaterra.
Os cientistas também analisaram a eficácia das duas vacinas contra a variante B.1.1.7 do coronavírus, que surgiu no próprio Reino Unido. Para essa cepa, a primeira dose forneceu 51% de proteção e as duas, 87%. Para o epidemiologista do Imperial College de Londres, Neil Ferguson, esses dados indicam que uma dose de vacina foi cerca de 20 a 50% menos eficaz contra a variante indiana, quando comparada com a variante do Reino Unido.
O primeiro caso da cepa no Brasil foi registrado nesta quinta-feira (20), mas não há registro de infecção comunitária. O Ceará analisa um caso suspeito. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a variante B.1616 é mais transmissível que a cepa original do vírus. A variante foi apontada como um dos motivos para a explosão de casos no país indiano nas últimas semanas.
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