Foto: Reprodução/G1
A Polícia Federal investiga a possibilidade da cuidadora de idosos Cláudia Mônica Pinheiro Torres, ter participado de outros esquemas de vacinação clandestina além do realizado em uma garagem de Belo Horizonte, em Minas Gerais, em que empresários teriam supostamente sido vacinados contra a Covid-19.
Nesta terça-feira (6), a TV Globo e o G1 tiveram acesso a dados da investigação que revelam o envolvimento de Cláudia Pinheiro em outro episódio semelhante, uma vacinação dentro de um condomínio de luxo no bairro Gutierrez, em BH. O fato teria ocorrido em três ocasiões do mês de março, traz a reportagem.
Um vídeo divulgado pela Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, mostra Cláudia com um jaleco branco e duas sacolas, chegando a um prédio com as supostas doses de vacina. De acordo com o G1, o episódio aconteceu em 17 de março. As investigações mostram que há registros da falsa enfermeira chegando ao local também nos dias 5 e 22 de março. Ela teria vacinado moradores de, pelo menos, três apartamentos.
O valor cobrado pela mulher foi o mesmo em todos os episódios: R$ 600 pelas duas doses da suposta vacina.
De acordo com a matéria, entre as pessoas que contrataram a vacinação clandestina de Cláudia Pinheiro está o empresário Marcelo Martins de Araújo. Ele é proprietário de um haras na cidade de Florestal, na Grande BH. Ele recebeu a primeira dose no dia 5 de março e pode ter indicado os serviços da falsa enfermeira a Rômulo Lessa, um dos controladores da Saritur.
A TV Globo teve acesso ao trecho do depoimento de Rômulo Lessa no qual o empresário afirma que conseguiu o contato de Cláudia com o amigo Marcelo Araújo. Aos investigadores, ele afirmou ter passado por uma cirurgia e estava receoso com a demora da vacinação pelo SUS. Por isso, procurou o serviço da cuidadora de idosos.
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