No dia em que o Brasil registra o recorde de 1.910 óbitos, comentário do presidente foi no sentido de criticar as medidas restritivas, única alternativa para conter o avanço do vírus diante da lentidão da vacinação
Fonte: Fórum**Foto: Reprodução
Enquanto governadores e prefeitos brigam contra o tempo para adquirir vacinas e encampar medidas de restrição para frear a nova escalada de mortes por Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro segue ignorando a gravidade da pandemia, que se encontra em seu pior momento no país, e direciona suas críticas aos gestores estaduais, municipais e às políticas de isolamento.
Nesta quarta-feira (3), dia em que o Brasil bateu mais um recorde macabro e registrou 1.910 mortes causadas pelo coronavírus, maior número de óbitos para um dia desde o início da crise sanitária, o presidente voltou a pregar contra o lockdown, medida que vem sendo adotada em dezenas de estados diante do iminente colapso do sistema de saúde a nível nacional.
“No que depender de mim nunca teremos lockdown. Nunca, uma política que não deu certo em lugar nenhum do mundo. Nos Estados Unidos vários estados anunciaram que não têm mais. Não quero polemizar esse assunto aí”, disparou Bolsonaro em conversa com apoiadores, na parte da noite, em frente ao Palácio da Alvorada. Ele não fez nenhum comentário sobre o recorde de mortes.
“É um festival de absurdos, mas a decisão disso tudo está nas mãos de prefeitos e governadores”, disse ainda.
Dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass) mostram que o Brasil ultrapassou mais um recorde macabro nesta quarta-feira (3) diante do avanço da pandemia de Covid-19.
Foram 1.910 óbitos confirmados nas últimas 24h, uma marca que supera de longe qualquer outra já vista desde o início da pandemia no país. Com um possível colapso sanitário nacional, é bem provável que o Brasil ultrapasse as 2 mil mortes diárias nos próximos dias.
Na contagem do Conass, o país já viu a morte de 259 mil brasileiros para a Covid.
Além disso, foram 71,7 mil novos casos confirmados da doença, totalizando 10,7 milhões de infectados desde o início da pandemia.
A média móvel de óbitos chegou a 1.331, enquanto a média móvel de casos alcançou 56.310. Os dois índices bateram recorde.
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