por Rodrigo Daniel Silva
O senador Otto Alencar (PSD) criticou, nesta segunda-feira (2), o tratamento que o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem dado às regiões do Norte e Nordeste do país.
"Parece que passou um risco no Brasil. Ele dá um tratamento [para a região Sul, Sudeste] e ele dá outro tratamento [para a região Norte e Nordeste]. Ele está fazendo um apartheid social no Brasil. Basta ver o caso do Ceará que não quis mandar a Força Nacional", avaliou o senador, em entrevista ao Bahia Notícias.
Otto ressaltou que não é contra manifestação popular "a favor ou contra" Bolsonaro, ao comentar o fato de aliados convocarem um ato para o dia 15 de março. "Mas é um erro do presidente estimular essa beligerância contra o Congresso, que tem colaborado e ajudado. A fuga dos investidores não é só uma questão global. É da insegurança do presidente, que coloca a culpa no Congresso, culpa na sociedade, culpa nos governadores do Nordeste. O grande problema é quem está dentro do Palácio do Planalto", declarou.
O senador afirmou que a renúncia de Fernando Collor e o impeachment de Dilma Rousseff recentes são os motivos para que a sociedade e os congressistas evitem falar do impedimento do Bolsonaro. "[O impeachment agora] vai passar para o mundo uma imagem de um país que não consegue ter estabilidade política para resolver os problemas", salientou.
"É muito difícil prever o que vai acontecer. Eu torço para que haja mudança de comportamento do presidente da República para não levar o Brasil a um confronto desnecessário", acrescentou.
Sobre o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, Otto afirmou que "ajudou o Brasil muito a combater a corrupção". "Mas ele dobrou muito os joelhos para Bolsonaro", pontuou.
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