Foto: Beatriz Albuquerque/Veja
Após três meses de queda, arrecadação do governo federal registrou alta real de 5,36% em fevereiro sobre igual período do ano passado, atingido patamar recorde de 115,062 bilhões de reais, segundo dados da Receita Federal divulgados nesta quinta-feira, 21.
O desempenho é o mais forte para o mês desde 2007, quando tem início a nova série da Receita, e foi influenciado pelo forte crescimento de impostos recolhidos de empresas no período.
Em fevereiro, a arrecadação com Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ)/Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) teve alta de 37,45% sobre o mesmo período de 2018, num acréscimo de 5,817 bilhões de reais.
De acordo com a Veja, a Receita apontou que houve recolhimento atípico de 4,6 bilhões de reais de IRPJ/CSLL no mês, mas não deu explicações imediatas. “Uma análise completa do resultado das empresas só pode ser feita a partir do fechamento do trimestre, depois do mês de março”, afirmou o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita, Claudemir Malaquias.
No recolhimento do IRPJ/CSLL das empresas por estimativa mensal, houve uma alta de 69,68% entre as empresas não financeiras em fevereiro sobre o mesmo mês de 2018, equivalente a um aumento de 5,292 bilhões de reais.
Malaquias disse ainda não ser possível identificar o que causou esse movimento. Para 2019, a meta de déficit primário é de 139 bilhões de reais para o governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência).
O governo vem reiterando que irá cumpri-la e que buscará, inclusive, zerar o rombo neste ano. Para tanto, depende de receitas extraordinárias que seguem envoltas em incertezas. Até o dia 22 deste mês, o governo deverá atualizar as perspectivas para 2019 em seu relatório bimestral de receitas e despesas, e a expectativa é que faça contingenciamento de recursos para se precaver de eventuais frustrações de receita.
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