Marcela Leite**Do UOL, em São Paulo
Nesta noite, em sua transmissão semanal ao vivo pelo Facebook, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) ironizou uma pesquisa do Ibope divulgada ontem, que mostra que ele é o presidente estreante mais mal avaliado em 24 anos.
"Esse índice de aprovação tem a mesma credibilidade que as pesquisas eleitorais. Vale lembrar que no ano passado, o mesmo instituto falou que eu perderia para todo mundo no segundo turno", ironizou Bolsonaro.
Na verdade, em 10 de outubro de 2018, um dia antes do primeiro turno, as simulações eleitorais do Ibope mostravam Bolsonaro numericamente à frente de Fernando Haddad, Geraldo Alckmin e Marina Silva. Segundo o instituto, Bolsonaro só perderia para Ciro Gomes.
A pesquisa divulgada de popularidade do governo Bolsonaro divulgada ontem pelo Ibope mostra que a administração é avaliada como "ótima ou boa" por 34% dos brasileiros.
O Ibope também diz que houve uma queda de 15 pontos na avaliação positiva do governo, e subiu 13 pontos o percentual de entrevistados que avaliam o governo negativamente desde o início do ano.
Bolsonaro fez a live no Chile, ao lado do porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros; o general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); o ministro Wagner de Campos Rosário, da Controladoria-Geral da União (CGU) e o deputado federal Hélio Lopes (PSL-RJ), que adotou o nome de Helio Bolsonaro.
O presidente está no país para o lançamento do Prosul, nova comunidade de países latino-americanos que deverá substituir a Unasul (União das Nações Sul-Americanas) que, segundo ele é "o nome-fantasia do Foro de São Paulo".
Enquanto falava sobre a visita aos Estados Unidos, onde se reuniu com o presidente Donald Trump e com a diretora da CIA, Bolsonaro voltou novamente à época das eleições e, referindo-se a Fernando Haddad (PT), disse que "se o outro candidato tivesse ganhado, ao invés de ir para os Estados Unidos estaria na Venezuela conversando com o Maduro.
Ainda durante a live, em meio a explicações sobre sua agenda semanal, reforma da Previdência e competitividade das bananas do Equador, Bolsonaro desenterrou a questão de fraude eleitoral, frequente em seus discursos enquanto candidato à Presidência. Disse que enfrentou "muita gente que diz saber na política, com recursos financeiros, com tempo de televisão" e conseguiu a "vitória, inclusive, em cima da urna eletrônica", com "muita gente apoiando".
O presidente afirmou que existe um projeto para que "as urnas possam realmente ser auditadas no futuro", mas não deu mais detalhes sobre o assunto.
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