Sérgio Moro estuda pedir exoneração do cargo de professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e se afastar da Operação Lava Jato para morar e lecionar no exterior. O juiz federal, que atua nos processos envolvendo a Lava Jato no Paraná, lecionava no Departamento de Direito Penal da UFPR.
Moro pediu licença do cargo de professor no final de 2016 para se dedicar exclusivamente aos processos da operação, alegando cansaço e outros compromissos pessoais derivados de sua atuação como juiz. De acordo com o jornal Gazeta do Povo, o magistrado dá sinais de cansaço na Lava Jato há tempos.
Ele chegou a afirmar, no ano passado, que a operação está perto do fim em Curitiba. Porém, essa não é a percepção da força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) que atua no caso. Os procuradores torcem para que o Supremo Tribunal Federal (STF) reveja as regras do foro privilegiado a políticos, causando uma avalanche de processos em primeira instância.
Em 2016, o jornal Folha de S. Paulo adiantou que Moro pretendia estudar nos Estados Unidos entre o fim de 2018 e o início de 2019. Em setembro do ano passado, a revista Época afirmou que o magistrado recebeu convites para estudar e lecionar na Itália e nos Estados Unidos.
A diretora do Setor de Ciências Jurídicas da universidade em que Moro é professor, Vera Karam Chueiri, afirmou nesta segunda-feira (5) que, até agora, não há nenhum pedido formal de exoneração por parte do juiz. A reportagem apurou que a solicitação de desligamento ainda será entregue à universidade. Na última semana, Moro esteve em Nova York participando de evento promovido pelo Americas Society/Council of the Americas.
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