Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o desarquivamento do processo que investigou supostas irregularidades do presidente Michel Temer no porto de Santos. O "inquérito Santos" foi arquivado em 2011 por falta de provas. Agora, as informações da investigação serão enviadas ao Ministério Público para serem analisadas em uma apuração em curso cujo objeto é o decreto presidencial assinado por Temer em 2017, que teria eneficiado uma empresa da área portuária em troca de propina. De acordo com o Blog da Andréia Sadi, no G1, a Polícia Federal pediu ao STF em dezembro do ano passado uma cópia da investigação anterior, porque pode apontar um caminho promissor para o inquérito atual. Isso proque as mesmas pessoas que são investigadas agora foram alvo da investigação anteiror. A PF quer saber se as empresas que atuam no porto de Santos pagaram propina naquela época e se continuaram pagando ao longo do tempo. No inquérito de 2011, há uma tabela com título "Parcerias realizadas, concretizadas e a realizar", com nomes de empresas que administram áreas no porto de Santos, como a Rodrimar, ao lado de iniciais como "MT" e valores. As letras, segundo os investigadores, podem fazer referência a Michel Temer, que pode ter recebido repasses de R$ 300 mil e R$ 200 mil para campanha. Há também iniciais "MA" ao lado de R$ 150 mil e a letra "L" ao lado de R$ 150 mil. Neste último caso, a desconfiança é que seja uma referência ao coronel João Baptista de Lima Filho, amigo de Temer, também investigado. Ele tem alegado problemas de saúde para não prestar depoimento. Nesta investigação do decreto, o ministro Luís Roberto Barroso já autorizou a quebra de sigilo bancário do presidente. O Palácio do Planalto e a defesa do coronel Lima Filho não se manifestaram. Já a defesa de Temer disse que não teve acesso ao conteúdo do inquérito arquivado, portanto, vai aguardar que o material seja anexado aos inquérito dos portos antes de se pronunciar.
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