Alvo de denúncias de superfaturamentos e desvios que ultrapassam R$ 21 milhões, segundo cálculos da Polícia Federal (PF), o antigo plano de saúde do Correios, chamado Correios Saúde, foi extinto em 2014. Em seu lugar, a estatal lançou o Postal Saúde, prometendo mais controle e fiscalização dos procedimentos. Mas não é o que se tem visto. Um inquérito do Núcleo de Repressão a Crimes Postais, da PF, reúne documentos que mostram o descontrole nos gastos do dinheiro público. Um deles se refere a serviços pagos pelo novo plano de saúde dos quais consta uma prótese peniana para o tratamento de uma mulher.
Segundo a investigação, a funcionária do Correios procurou a emergência do Hospital Israelita Albert Sabin, na Tijuca, em novembro do ano passado, queixando-se de enxaqueca. Na descrição do material que teria sido usado, há itens suspeitos como uma prótese peniana, além de um medicamento para “secar” o leite em mulheres que amamentam, Dostinex; e uma tala sintética, usada para imobilização ortopédica. A funcionária, que teve descontada no contracheque parte do valor do atendimento, denunciou a irregularidade ao setor de saúde do Correios.
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