O Conselho do Fundo de Garantia (FGTS) liberou R$ 21,7 bilhões a mais para financiamento da casa própria. O aumento é de quase 25% do orçamento total do fundo e, segundo o ministro do Trabalho e Previdência, Miguel Rossetto, será "uma contribuição importante" para oferta de crédito e geração de empregos no país, já que desde o ano passado essas linhas de financiamento acompanharam a queda nos depósitos da caderneta de poupança. Os recursos devem beneficiar a construção de cerca de 140 mil imóveis novos, além de trabalhadores que possuem conta no fundo. De acordo com a Folha, os novos recursos são duas linhas de crédito. A primeira, de R$ 11,7 bilhões para aumentar o financiamento direto aos compradores de imóveis, dos quais R$ 8,2 bilhões serão usados na linha Pró-Cotista (para trabalhadores com renda acima de R$ 6,5 mil, que podem comprar imóveis entre R$ 225 mil e R$ 750 mil). Outra linha de crédito será usada pelos bancos para comprar o Certificado de Recebíveis Imobiliários. Neste caso, os bancos captam o recurso no Fundo, remunerando-o a 7,5% ao ano, e podem comprar essas certificados, que são emitidos pelas construtoras e sobre os quais exigem juros maiores. Segundo Quenio Cerqueira, secretário-executivo do FGTS, os R$ 10 bilhões para a compra da CRI é o maior orçamento que a linha já teve do FGTS e serão distribuídos conforme os pedidos. Caso o valor pedido seja maior que o orçamento, ele será distribuído proporcionalmente à participação dos bancos no financiamento imobiliário.
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