Uma porta após a outra, a história se repete. Manchas vermelhas pelo corpo, coceira, febre, dores musculares e nas articulações. Difícil achar uma casa no Bairro Industrial de Aracaju que não tenha alguém com alguma combinação desses sintomas. Pode ser dengue, zika ou chikungunya. Mas qual? Os sintomas são muito parecidos, as pessoas nem sempre buscam atendimento médico e isso é um problema para os cientistas que investigam a disseminação dos vírus transmitidos pelo Aedes aegypti.
O pesquisador Paolo Zanotto, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), não consegue esconder o espanto. "Estamos na boca do leão. Isso aqui é uma sopa de vírus."
O cenário é ainda mais preocupante do que ele imaginava. Líder de uma equipe de pesquisadores paulistas que foi a Sergipe colaborar com as equipes locais na investigação da epidemia, Zanotto suspeita que os três vírus estejam circulando simultaneamente na população, e essa combinação possa estar implicada no desenvolvimento da microcefalia e outras malformações congênitas. Leia AQUI
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