Mesmo assim, presidente adotou uma postura ponderada sobre a regulamentação. "Não é a União que decide", disse
BRUNO FERRARI - A presidente Dilma Rousseff em conversa com jornalistas nesta quarta-feira (2) (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O Uber chegou há pouco mais de um ano no Brasil e hoje causa a ira de diversos grupos de taxistas no país. Há uma série de casos recentes de agressões de taxistas a motoristas e passageiros do Uber. Há também situações em que taxistas se deram mal quando tentaram agredir um suposto motorista do Uber. Lembram da história do motorista do banqueiro?
Políticos em geral no Brasil costumam ser contra a empresa americana e a favor dos táxis. A legislação brasileira de transporte individual, criada na década de 1960, garante aos táxis o direito a explorar o transporte individual no país. No entendimento de parte desses políticos, o Uber seria ilegal por explorar este mercado sem ser táxi. Para outros, é uma questão de regulamentação. Não dá para chamar algo de ilegal se quando a lei foi criada a tecnologia estava muito distante de chegar a um smartphone.
Nesta quarta-feira (2), foi a vez da presidente Dilma Rousseff se pronunciar sobre o polêmico aplicativo. Durante uma coletiva de imprensa, em que falava sobre a reforma administrativa que está promovendo no governo, ela comentou sobre um aplicativo similar ao Uber que é usado para garantir mais eficiência no uso de carros executivos. "Mas não é igual ao Uber", ressaltou.
"É uma polêmica. Eu acho que (o Uber) é complexo porque tira emprego de muitas pessoas. Depende de regulamentação de cada estado porque não é a União que decide isso. Ele tira taxista do emprego. Acho que tem que ter posição ponderada.", afirmou Dilma em uma entrevista concedida após uma cerimônia no Palácio do Planalto. As informações são do portal de notícias G1.
Que eu me lembre, é a primeira vez que a presidente toca no assunto Uber. Apesar de dizer que o Uber tira emprego de taxistas, Dilma não quis ir mais a fundo à discussão, alegando que a decisão depende de regulamentação de estados e prefeituras. "Não é a União que decide".
E finalizou que por ser uma polêmica é necessário ter uma posição ponderada. "A tecnologia sempre produziu isso no mundo. Meu avô era seleiro, você imagina o que aconteceu com emprego dele quando apareceram os carros. A vida é assim", disse. http://epoca.globo.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário