Agência Brasil
As taxas de desemprego na América Latina e no Caribe devem subir no ano que vem, de acordo com o relatório Panorama Laboral 2014, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), lançado nesta quinta-feira (11). Um dos motivos é a desaceleração econômica. Segundo o estudo, a queda do desemprego registrada este ano não deve ocorrer em 2015.
A taxa de desemprego urbano no terceiro trimestre de 2014 era 6,2%, devendo fechar o ano com uma taxa de 6,1%, abaixo dos 6,2% de 2013. Em 2015, no entanto, o setor vai sentir os efeitos do arrefecimento da economia. “A maior preocupação é que menos empregos estão sendo criados”, disse a diretora regional da OIT para a América Latina e o Caribe, Elizabeth Tinoco.
O comportamento atípico do desemprego, que caiu ao invés de subir, foi explicado pelo relatório da OIT como uma consequência da saída de pessoas da força de trabalho, o que se refletiu numa queda na taxa de participação e permitiu que os efeitos da queda na geração de empregos fossem mais suaves. A taxa de participação caiu 1,2 ponto percentual no Brasil de janeiro a setembro de 2013 e janeiro a setembro de 2014. Elisabeth explicou que essas pessoas, no entanto, devem voltar a participar dessa estatística em 2015.
“Muitas das pessoas que deixaram o mercado de trabalho temporariamente, em 2014, voltarão a procurar um novo emprego no próximo ano, além dos jovens que irão ingressar no mercado de trabalho. A região precisa criar quase 50 milhões de empregos nos próximos dez anos apenas para compensar o crescimento demográfico.”
Conforme o relatório, a taxa de desemprego poderá chegar a 6,3%. O acréscimo de 0,2% significa mais 500 mil desempregados na América Latina e no Caribe.
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