Karen examina a influência do Ocidente cristão no mundo ao longo de 500 anos (Reprodução/Daniel Pudles)
Karen Armstrong acredita que a religião “tem diversas funções e efeitos”. A religião pode ser fonte de inspiração para o altruísmo ou para uma crueldade implacável, e pode também ter ambos os efeitos em momentos diferentes.
A análise minuciosa desse paradoxo não é uma tarefa difícil para Karen Armstrong. Inglesa de nascimento e ex-freira católica, ela escreveu vários livros sobre história da religião, em especial das religiões judaica, cristã e mulçumana, nos quais expôs sua visão que a fé é uma parte necessária e legítima da experiência do ser humano, independente da veracidade ou não de seus dogmas.
Em seu último livro Fields of Blood: Religion and the History of Violence, a autora não acrescenta novas teorias ao tema, e sim apresenta uma ampla visão geral da história da religião e do mundo, com a descrição da evolução das crenças existentes. Em seguida, com frases de efeito e riqueza de detalhes (nem todos precisos), ela examina a influência do Ocidente cristão no mundo ao longo de 500 anos. A coerência do texto não é óbvia, até que os demônios com os quais ela está lutando ficam perceptíveis.
Karen Armstrong não tenta provar nada; ao contrário, nega muitas ideias preconcebidas. Primeiro, que a religião é a causa injustificável da violência, cuja eliminação promoveria a paz. E segundo, a visão que o Islã é o caso notório de uma religião que inspira violência. Seu terceiro demônio associa os dois primeiros conceitos: a opinião de que em razão de o Ocidente “cristão” ter tido uma influência maior do que o mundo islâmico, é uma força mais benevolente mundial e, portanto, reprime um Islã intrinsecamente violento. Fontes: The Economist-Trouble and strife
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