Budião-azul, um dos peixes que entrou na lista de ameaçados Reprodução / Estadão)
No dia 17 de dezembro foram publicadas as “listas vermelhas” de espécies ameaçadas de extinção no Brasil. Esta é a primeira vez que o país avalia quase toda a sua fauna e flora conhecida (100% dos vertebrados terrestres e aquáticos e boa parte das plantas e invertebrados). Listas anteriores, publicadas em 2003 e 2008, eram baseadas em amostragens de espécies e, por isso, não eram representativas.
As listas divulgadas pouco antes do Natal dão um retrato quase completo do status de conservação das espécies brasileiras. A título de comparação, na lista de 2003 apenas 816 espécies de animais terrestres foram avaliadas. Já este ano, o número é de 6.840, o que representa 100% das espécies conhecidas de mamíferos, aves, répteis e anfíbios, além de cerca de 3% das espécies de invertebrados, que, apesar de parecer bem pouco são 2.423 espécies. No que se refere a insetos é quase impossível avaliar todas as espécies simultaneamente.
O resultado é que no Brasil 698 espécies de animais terrestres estão ameaçadas de extinção, senda 165 na categoria “criticamente em perigo”. São 475 animais aquáticos, sendo 173 com altíssimo risco de extinção. No total são 3.286 espécies ameaçadas. Há ainda 2.113 espécies de plantas que podem desaparecer, com 467 “criticamente em perigo”.
Não é possível saber se o número de espécies ameaçadas aumentou ou diminuiu em relação aos outros anos em que se foi feito avaliações por amostragem, mas é possível comparar o estado de conservação de especiais individuais que aparecem nas duas listas. E aí surgem boas notícias.
Saíram da lista de ameaça 259 espécies, ou seja, estas espécies que apareceram nas listas anteriores não correm mais risco de extinção, como a arara azul e a baleia jubarte. Não correm mais perigo imediato 88 animais terrestres, 82 animais aquáticos e 89 plantas.
Houve ainda melhora da situação de algumas espécies na lista. Apesar de ainda estarem em situação de risco, animais como o mico leão preto e o peixe marinho passaram de “criticamente em perigo”para “vulnerável”e “em perigo”, respectivamente.Fonte: Estadão
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