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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Morre Hilda Furacão, aos 83 anos

Fotos TV Globo/Divulgação e Ivan Drummond/Estado de Minas Reprodução
Personagem mítica da noite de Belo Horizonte conhecida como Hilda Furacão que virou livro e minissérie de TV, Hilda Maia Valentim morreu hoje aos 83 anos de causas naturais em Buenos Aires, onde morava desde os anos 60. Encontrada na Argentina em julho deste ano pelo repórter Ivan Drummond do jornal Estado de Minas (leia aqui), ela vivia há cerca de três anos no asilo Hogar Guillermo Rawson, na capital argentina, com recursos da prefeitura local.

Nascida no Recife, Hilda foi famosa na BH da década de 50, época em que vivia da prostituição. Fez história na Zona Boêmia de Belo Horizonte, fazendo ponto no Maravilhoso Hotel da Rua Guaicurus e ganhou notoriedade no romance de Roberto Drummondque levava seu apelido como título e inspirou a minissérie da TV Globo protagonizada por Ana Paula Arósio. Em seus documentos, herdou o último sobrenome ao se casar com o ex-jogador de Atlético, Botafogo, Boca Juniors e da Seleção Brasileira, Paulo Valentim, e com ele foi morar na Argentina.

A direção do asilo, que trata essa morte como a de uma celebridade, tenta que a Associação dos Ex-jogadores do Boca Juniors faça o sepultamento. Caso a resposta seja negativa, o asilo arcará com as despesas, já que ela estava internada lá por conta da municipalidade, que tem uma lei especial para ajuda a idosos.

Hilda Valentim que nunca esqueceu de seu grande amor morreu sozinha. Sua única companhia eram os outros idosos que também eram moradores do mesmo asilo. Por muitos deles, ela era cultuada. E não eram poucos os velhos torcedores do Boca que se aproximavam e entoavam a cantiga que a torcida dirigia a Paulo Valentim: "TIM, TIM, TIM, gol de Valentim".

O sepultamento está previsto para acontecer Cemitério de Chacaritas, em Buenos Aires, onde também foi sepultado Paulo Valentim, cujos ossos já foram retirados. Não existe hoje nenhum registro, nenhuma lápide ou placa referente ao fato de ele, um dos maiores ídolos da história do Boca, ter seu corpo ali guardado. O único registro está no livro do cemitério. (Com informações do Estado de Minas)

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