por Samuel Celestino - Infelizmente, a política brasileira é marcada já faz muito por acidentes aéreos em época de campanha eleitoral. O Brasil perde e, sobretudo o Nordeste brasileiro, um nome de destaque da região, neto do político Miguel Arraes e candidato pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), Eduardo Campos, um dos três principais candidatos à Presidência da República. Provavelmente era o candidato mais preparado, levando em consideração os dois outros, Aécio Neves (PSDB), da oposição, e Dilma Rousseff (PT), que pretende a reeleição. Nas conferências que os candidatos participaram, sobretudo em São Paulo, Eduardo Campos foi elogiado e aplaudido em todas elas, destacando-se como o melhor. Na Bahia, dois acidentes aéreos marcaram o estado. Em 1950, morreu Lauro Farani Pedreira de Freitas. Em 1982, a um mês das eleições, morreu, num acidente de helicóptero, no município de Caatiba, o candidato do carlismo Clériston Andrade, também um homem muitíssimo preparado. Com ele, neste acidente, também morreram diversos políticos, inclusive o candidato a vice-governador da Bahia e alguns deputados de envergadura, o que significou perda grande para a política estadual. Eduardo Campos, que herdou a habilidade política e a competência do seu avô, Miguel Arraes, vai deixar uma grande lacuna no processo político-eleitoral, próximo a ser concluído, na medida em que faltam apenas dois meses para as eleições de 5 de outubro. Esperava-se dele uma mudança importante que iria, seguramente, modificar o cenário político, criando dificuldades para os governistas. A morte absurda e inesperada de Eduardo Campos cobre de luto a política brasileira e cobre de luto aqueles que imaginavam um Brasil melhor e com mais competência. Pena que Eduardo Campos tenha desaparecido nesse acidente aéreo que ocorreu em São Paulo. BN
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