A sociedade tem que banir do Parlamento a quadrilha que tomou conta do País. Para isso, seria necessário um novo comportamento social para exigir mudança na Constituição, dando ao povo poder de cassar diretamente políticos indecorosos que se utilizam da vida parlamentar para práticas delituosas as mais diversas, porque está patente a negligência do estamento nacional de não punir o mau comportamento de nossos políticos.
Infelizmente, temos uma ordem jurídica (processualística) burocrática e muito favorável a que elementos do Parlamento, que afrontam o decoro e a ética, portanto, de condutas imorais, não sejam punidos com a rapidez devida.
A dificuldade para punir um político corrupto, no Brasil, é enorme, haja vista o rumoroso caso do mensalão, que mesmo com a decisão da maioria dos ministros do STF pela condenação, ainda assim os condenados debocharam da Suprema Corte, e alguns parlamentares do PT, como o corrupto deputado André Vargas e outros, ironizaram o presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa.
Assim, parlamentares desbragados como André Vargas (PT-PR) , Luiz Argôlo (SD-BA) e agora o deputado João Carlos Bacelar Filho (PR-BA), denunciado pela revista Veja como cobrador de propina do PR contra o dono da empreiteira mineira Pavotec, são exemplos negativos que deveriam ser imediatamente afastados da vida parlamentar.
A propósito, contra o deputado Bacelar registra a revista Veja: “Não é a primeira vez que Bacelar aparece em histórias de corrupção e desvio de dinheiro público. Há pouco menos de três anos, VEJA mostrou que ele empregava fantasmas e destinava recursos federais a prefeituras baianas, que eram obrigadas a gastar verbas contratando uma empreiteira de sua família. Além disso, o deputado presenteou com um apartamento um assessor do Palácio do Planalto que o ajudava liberando as emendas parlamentares que faziam o esquema funcionar.”
A credibilidade do Legislativo nacional precisa ser resgatada. O voto não tem se mostrado capaz de selecionar o bom político. Além do voto, o povo precisa revestir-se de poderes para interferir diretamente no Parlamento para afastar os maus políticos. E para o bem de nosso Legislativo, o eleitor não deveria reeleger ninguém, pois política não é profissão.
Júlio César Cardoso
Bacharel em Direito e servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC
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